Paulo Franke

20 junho, 2015

A Sinagoga Portuguesa... em Amsterdam.


Como parte do passeio por Amsterdam, na recente escala antes de voltar para casa na Finlândia, visitei a famosa Sinagoga Portuguesa, que havia visitado em 2001, mas que nunca trouxera para este blog.

Ali comprei o bilhete único que dá direito  a visitar diversos locais do Quarteirão Cultural Judaico.


O complexo da monumental Sinagoga Portuguesa data de 1675. Até os dias de hoje o edifício permanece o coração cultural e religioso da comunidade judaica que se congrega aqui para serviços, dias de festa e ocasiões especiais.



Em 1492 a Espanha expulsou sua população de judeus. Muitos foram para Portugal, onde eram forçados a ser batizados. 100 anos mais tarde, descendentes desses que foram vítimas da Inquisição começaram a chegar a Amsterdam, onde podiam praticar abertamente o seu judaismo. Os fundadores da comunidade judaica eram os descendentes desses judeus 


No final do século 16 Amsterdam era conhecida como uma cidade tolerante, portanto um destino atrativo para tais imigrantes. Naquele tempo a república holandesa estava em guerra com a Espanha, assim, para evitar serem identificados com os inimigos espanhóis, os refugiados da península ibérica denominaram a si próprios como "judeus portugueses".



 Os judeus portugueses exerceram um papel significante no desenvolvimento econômico da república holandesa, gozando de uma liberdade religiosa única na história dos judeus.


A comunidade produziu rabinos, filósofos, artistas, banqueiros, além de trustees de companhias comerciais internacionais.


Na ocupação nazista em 1940 havia cerca de 140.000 judeus na Holanda, vivendo 120.000 em Amsterdam, 4.300 constituindo-se de judeus sefarditas. 


A sinagoga felizmente permaneceu intacta em face dos bombardeios, o que é considerado um milagre e uma exceção na Holanda ocupada.


Depois da guerra havia na Holanda cerca de 20.000 judeus somente. 


O Hechal (Aron ha Kodesh ou Holy Ark) foram feitos de madeira jacarandá do BRASIL, doada por Moses Curiel. O chuppah, wedding canopy, foi construído em 1956 de jacarandá.

(Todos os dados fornecidos aqui foram extraídos a partir de folhetos adquiridos em ambas as visitas que fiz à histórica e belíssima Sinagoga Portuguesa. Para mais informações, acesse o Google.com)




A Esnoga, anexos e câmeras são acessíveis ao público.

Pelo cansaço da longa viagem desde o Brasil, limitei-me a visitar desta vez o que chamo de templo (Esnoga).


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Próxima postagem:

Fotos das casas de Anne Frank que já visitei:

- a de seu nascimento, em Frankfurt am-Maim, Alemanha

- a da rua Merwedeplein, Amsterdam, onde morou antes de a família se esconder, com seus Stolpersteine na calçada (nesta viagem)

- links para o Anexo Secreto (esconderijo), que visitei duas vezes, a primeira com os cômodos originais à luz do dia, o segundo, mais recentemente, transformado no estilo de museus atuais, à meia-luz, na tentativa de transportar o visitante à realidade da história.

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2 Comments:

  • Olá,
    Muito obrigada por falar um poucos dos meus antepassados. Digo, judeus portugueses!
    Fiquei encantada com a arte, a devoção, a esperança e a força de um povo aventureiro por necessidade, mas leal na fé e na esperança. Como o povo Judeu até hoje!
    Adorei tudo....belas fotos, lugar impressionante!!! Como sempre, muito bom aprender, rever e compartilhar!
    Muito obrigada por mais essa oportunidade!
    Grande aBRaço!

    By Blogger Maria Thereza Freire, at domingo, junho 21, 2015 7:27:00 AM  

  • Sumidinha, amiga, vens com um comentário de peso. Bom que gostou! aBRaco, e vê a próxima, que certamente publicarei amanhã.

    By Blogger paulofranke, at domingo, junho 21, 2015 2:17:00 PM  

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