Paulo Franke

17 setembro, 2015

2. Em Mallorca - ilha espanhola visitada pela primeira vez.



 E assim, voltando ao Aeroporto de Gatewick, continuei a viagem pela econômica Norwegian, agora para a minha destinação, Ilha de Mallorca, na Espanha.


2 horas de voo Londres-Palma de Mallorca, um lanchinho comprado para matar a fome e a maior parte do tempo cochilando.


E assim chegamos a Mallorca ao anoitecer.


E lá embaixo, Palma de Mallorca, a cidade principal da ilha...


... como um colar de pérolas espalhadas.


O mapa da ilha (pronuncia-se "maiórca") e assinalado El Arenal, na praia de Palma de Mallorca onde ficava o meu hotel, a uma hora de ônibus de linha até Palma de Mallorca, a capital da ilha.


Depois de uma noite muito bem dormida, fui explorar a ilha exatamente na praia mais próxima ao hotel.


Muitas palmeiras, bonito de ver!


E aqueles sofás à beira da praia, os mesmos que vi em Tenerife, nas Ilhas Canárias. No mais, milhares e milhares de turistas europeus ao longo de toda a ilha, principalmente alemães, ávidos pelo sol antes da chegada do longo inverno. 


Estranhamente ou não, não entrei no mar uma só vez durante aquela semana. Naquele paraíso de turistas, meu calção de banho ficou todo o tempo dentro da mala.


Procurei entender meu próprio afastamente do mar... Terá sido pela notícias de invasão de águas-vivas (mãe-d´águas como os gaúchos as chamamos, que de mães nada têm) ...


... que invadiram o Mediterrâneo em função dos recentes melhoramentos no famoso Canal de Suez, onde soldados também brasileiros serviram nos anos 50 e 60 como força de paz?


Desconhecidas no Mar Mediterrâneo, fotografei as imagens da CNN dias antes de viajar.


Ou então, inconscientemente, pela imagem do menino afogado no Mediterrâneo que chocou o mundo e representou o drama dos migrantes e refugiados? Tantos mortos como que mancharam as suas belíssimas águas azuis-turquesa?



O mar agora estaria mais para contemplar, meditar, refletir e orar, como nesta foto que tirei diante dele, em Ashdot, Israel ("Mar Grande" como denominado na Bíblia)?

Meu hotel, por coincidência, chamava-se "Costa Mediterraneo", no bairro El Arenal. Não de luxo, mas bom o suficiente, limpo, bem arrumado e agradável.


Ainda que a temperatura marcasse tipo 27-30 graus, eu gostava de sentar-me diante da piscina geralmente vazia e tomar não um refrigerante, mas um bom café con leche, demonstrando que "virei europeu".


Como gosto de árvores - lembravam-me das tantas na quase-floresta onde vivemos - admirava as típicas do sul da Europa, diferentes das do norte europeu.


Ler o jornal "Última Hora" e assistr a noticiários na TV do quarto... um hábito naquela semana. Os ilhéus gostam de futebol, não há dúvida, mas fotografei a página pelo sobrenome do meu cunhado, descendente de espanhóis por parte tanto de pai quanto de mãe.


Pela primeira vez fico em um hotel onde usufrui de café-da-manhã e jantar, ambos bufê, no amplo "comedor" do primeiro andar.


E as diversas salas ofereciam a boa oportunidade de interagir com outros hóspedes, uma miscelânea de pessoas de diversas culturas, idiomas e idades. Mesmo os tantos alemães falavam um bom inglês.


A ilha atrai um número sem conta, talvez milhões de turistas no verão, aumentando consideravelmente a sua população. Seu enorme aeroporto é o terceiro da Espanha, depois dos de Madri e Barcelona.
Conversando com uma garçonete, ouvi dela coisas do tipo o fechamento do hotel chegando o outono, por não possuir calefação, funcionando somente 6 meses durante o ano. E a crise econômica espanhola ser uma realidade... "Eu possuía meu próprio negócio, mas hoje sou uma simples garçonete  que também limpa os quartos dos hóspedes... E para piorar a situação, assim que o hotel fechar e os turistas sumirem, estaremos a maioria no rol dos milhões de desempregados..."
Deu-me dó e vontade de ajudá-la com boas gorgetas, mas sou um turista low-budget (de baixo orçamento), portanto tudo o que pude fazer foi ouvir seu desabafo e dizer-lhe um sincero Dios le bendiga!

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Próxima postagem:



Visita às famosas grutas (cuevas) de Mallorca e os concertos de música clássica ao vivo a 30 metros de profundidade, cultura em potencial no meio das estalactites milenares.

Diante desses passeios, praias apinhadas de gente... para quê?

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